O ano period 2010. A adolescente Taba Chake tinha acabado de sair de Arunachal Pradesh pela primeira vez. Ele viajou para Vellore, em Tamil Nadu, com sua mãe para tratamento e, durante um breve intervalo, fez uma viagem para Chennai – uma cidade de prédios altos e grandes shoppings. Ele perambulou pelas lojas de música, maravilhado com as guitarras que sempre sonhou em tocar no palco. “Estava vendo um purchasing e o KFC pela primeira vez”, ele ri, falando ao telefone.
Foi o primeiro encontro de Taba com um mundo que não sabia onde colocar alguém que parecia “asiático”, mas que se autodenominava indiano. “Não é que as pessoas não quisessem nos aceitar”, diz ele. “Eles simplesmente não sabiam. Eu também estava descobrindo o que a Índia realmente period.”
Com o tempo, esse sentimento de ser diferente se transformou em orgulho. “Vir do Nordeste é um ponto positivo”, afirma, com tranquila convicção. “Temos uma aparência diferente, falamos muitas línguas e essa é a beleza da Índia.”
Encontrando sua voz
Essa consciência de identidade não moldou sua visão de mundo e sua música. Conhecido por seu intrincado estilo de guitarra, composições multilíngues e letras introspectivas, Taba se tornou um artista independente distinto. Suas canções oscilam entre Nyishi (a língua da tribo Nyishi em Arunachal), inglês, hindi, assamês e nepalês.
“Quando escrevo, não estou tentando estar na moda”, diz ele. “Estou tentando ser sincero.”
Seu álbum de estreia Sonhos de Bombaim (2018) apresentou ao público um som que parecia world e profundamente pessoal. Na capa, Taba colocou seu próprio rosto – uma declaração deliberada. “Eu queria que as pessoas me vissem e pensassem que um índio também é assim”, diz ele. “Minha identidade não é algo que se esconde atrás da música. Ela faz parte da história.”
O sucesso do álbum foi seguido por ‘Stroll With Me’, ‘Shaayad’ e seu recente hit ‘Khud Ko Miloon’, que ultrapassou um milhão de visualizações em poucos dias. No entanto, mesmo com esta fama crescente, Taba continua cautelosa em relação à corrida digital. “Não quero ser um artista de uma semana”, diz ele. “Quero que minhas músicas vivam para o resto da vida.”
Pergunte a ele sobre influências e sua resposta será simples: Natureza. “O Nordeste é puro. Não tem como fugir disso”, sorri. “Mesmo um músico novato de lá fará algo único por causa do meio ambiente, da paz e do sossego.”
Sua infância em Arunachal foi rica em ritmo e melodia. Não é nenhuma surpresa que suas composições muitas vezes carreguem essa qualidade meditativa, mesmo quando comparadas com a instrumentação moderna. “Tentei evitar escrever sobre a Natureza”, admite. “Mas sempre volta, nas minhas melodias e na maneira como penso. Você não pode tirar as colinas do som.”
Unindo mundos
A jornada de Taba de uma cidade nordestina aos palcos internacionais tem sido orgânica. Suas apresentações no ASEAN India Music Pageant, reveals esgotados em Londres e colaborações em toda a Ásia expandiram seu alcance.
“Quando me apresento no exterior, muitas vezes as pessoas pensam que sou japonês ou coreano”, ele ri. “Certa vez, um executivo da Columbia Information perguntou se eu period um artista japonês radicado na Índia. Respondi que sou 100% indiano. Essa conversa fortaleceu meu propósito: mostrar a diversidade na Índia.”
Esta dualidade cultural faz com que a sua música ressoe além-fronteiras. Em seus reveals, o público costuma cantar em hindi e cantarolar em nyishi.
“Recebo mensagens do Paquistão, Japão e Filipinas”, diz ele. “Eles me disseram que minhas músicas os ajudaram a superar o sofrimento, a solidão e até mesmo pensamentos suicidas. Foi quando percebi que a música não precisa de linguagem. Ela só precisa de honestidade.”

Embaixador da arte e identidade
Em casa, Taba também está retribuindo à comunidade que o moldou. Como embaixador da marca no Departamento Cultural de Arunachal Pradesh, ele promove a música indígena e orienta jovens artistas. “Quando comecei, quase não havia infraestrutura para músicos em Arunachal”, lembra. “Agora vejo jovens cantores escrevendo em Nyishi, Adi e Apatani, é lindo. Nossa música não deveria soar como a de mais ninguém.”
Ele acredita que a próxima onda de música indiana virá de lugares como o seu, regiões enraizadas na tradição, mas abertas à experimentação. “Só precisamos apoiar os artistas antes que eles deixem suas cidades natais e criem algo autêntico”, diz ele.
Sobre por que ele prefere guitarra estilo dedo, Taba afirma: “Com a dedilhação, você não precisa de mais ninguém”, diz ele. “Ele faz o ritmo, a harmonia e a melodia, tudo em um. É completo.”
Enquanto anseia por novos lançamentos, turnês globais e colaborações, ele sorri ao pensar no quão longe chegou. “A vida me levou a cidades e países com os quais nunca sonhei”, diz ele. “Mas sempre que jogo, continuo sendo aquele menino de Arunachal, curioso, grato e aprendendo.”
Publicado – 13 de novembro de 2025 14h21 IST











