Washington — A líder da oposição venezuelana María Corina Machado disse que planeja voltar para casa “o mais rápido possível”, apesar do risco de ser processada pelo regime do presidente Nicolás Maduro.
Machado fez uma fuga ousada da Venezuela esta semana aceitar o Prêmio Nobel da Paz na Noruega, onde se reencontrou com os filhos pela primeira vez em quase dois anos. A líder da oposição viveu escondida no seu próprio país e foi o primeira vez que ela foi vista em público em quase um ano.
Machado disse que a viagem dela à Noruega foi importante para os venezuelanos.
“Este é um reconhecimento para uma nação que lutou incansavelmente e corajosamente contra uma estrutura criminosa e narcoterrorista, e eu vim para receber esse prêmio, esse prêmio, e vou trazê-lo de volta para o povo venezuelano”, disse ela em entrevista sexta-feira ao “Face the Nation with Margaret Brennan”.
Ela se recusou a dar detalhes sobre a complexa operação liderada por uma equipe de resgate americana para exfiltrá-la com segurança da Venezuela, durante a qual ela passou horas em mar agitado antes de embarcar em um voo para a Noruega.
Mês passado, Procurador-geral da Venezuela disse que Machado seria considerado um “fugitivo” se ela deixasse a Venezuela para aceitar o prêmio.
Brennan perguntou a Machado se seus filhos, que agora moram no exterior, estão preocupados com seu plano de retornar à Venezuela. Machado disse que eles estão tão preocupados quanto qualquer criança com parentes na Venezuela, porque o regime de Maduro “perseguiu, torturou, matou e fez desaparecer milhares de venezuelanos”.
Ela disse que “quando um regime criminoso está desmoronando e eles sabem que seus dias estão contados, eles se tornam ainda mais agressivos, ainda mais violentos”.
Assista mais da entrevista de Brennan com Machado no domingo no “Face the Nation”. A conversa completa também será publicada no Canal “Face the Nation” no YouTube.









