O líder do partido de extrema-direita Chega, em Portugal, foi condenado a remover cartazes de rua que atacavam a comunidade cigana, depois de um tribunal de Lisboa ter decidido que eram discriminatórios e poderiam incitar ao ódio.
A juíza Ana Barão disse que o texto dos cartazes “ataca uma minoria étnica” e deu a André Ventura 24 horas para os remover ou enfrentará uma multa diária de 2.500 euros (2.200 libras) por cartaz.
O Chega, anti-imigração e anti-establishment, surgiu há apenas seis anos e em Maio tornou-se a segunda maior força parlamentar depois da aliança de centro-direita no poder.
Agora Ventura concorre à presidência nas eleições marcadas para janeiro.
“[The posters] agravar o estigma e o preconceito que as comunidades ciganas já enfrentam na sociedade portuguesa em geral, fomentando assim a intolerância, a segregação, a discriminação e, em última análise, o ódio”, escreveu Barão na sua decisão, publicada na segunda-feira.
Ventura classificou o processo judicial como um “ataque à liberdade de expressão”, mas na semana passada prometeu cumprir tudo o que o tribunal decidisse. Um porta-voz do Chega disse que Ventura responderia mais tarde.
Ricardo Sá Fernandes, o advogado que representa as associações ciganas que apresentou a queixa, disse que a decisão ajudaria a tornar Portugal “mais justo e decente”, chamando-a de “uma vitória para a resistência” dos ciganos.
Em Maio, os procuradores portugueses abriram uma investigação sobre comentários discriminatórios contra os ciganos feitos por Ventura.
Sondagens de opinião recentes colocam Ventura, que faz campanha principalmente com a promessa de combater a corrupção, entre os favoritos na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Janeiro.
As pesquisas também indicam que ele perderia para qualquer um de seus três principais rivais no segundo turno.













