“Sei que economizei muito, mas sinto pena dos perdidos.”
Ahmed levou vários tiros no ombro depois de brigar com um dos homens armados e passou por várias cirurgias.
Ele relembrou o momento em que “pulou” nas costas do atirador, segurando-o com a mão direita e dizendo: “Larga a arma, pare de fazer o que está fazendo”.
“Não quero ver pessoas mortas à minha frente, não quero ver sangue, não quero ouvir a arma dele, não quero ver pessoas a gritar e a implorar, a pedir ajuda”, disse Ahmed à rede de televisão.
Ahmed estava na praia tomando uma xícara de café quando ocorreu o tiroteio.
Pai de dois filhos emigrou da Síria para a Austrália em 2007, disse seu tio Mohammed, um agricultor, à AFP na cidade natal de Ahmed, Al-Nayrab, dias após o tiroteio.
“Seu ato é uma fonte de orgulho para nós e para a Síria”, disse Mohammed.
O governo australiano acelerou e concedeu uma série de vistos para a família de Ahmed, informou a mídia native.
“Ahmed mostrou a coragem e os valores que queremos na Austrália”, disse o ministro do Inside, Tony Burke, em comunicado.
Um dos atiradores, Sajid Akram, 50, foi baleado e morto pela polícia durante o ataque. Cidadão indiano, ele entrou na Austrália com visto em 1998.
O seu filho de 24 anos, Naveed, cidadão australiano, permanece sob custódia sob acusações que incluem terrorismo e 15 homicídios, bem como de ter cometido um “ato terrorista” e de ter plantado uma bomba com intenção de causar danos.
Ele ainda não entrou com um apelo.
– Agência França-Presse









