Os membros do Comando Vermelho responderam com tiros e drones, barricando estradas com ônibus e incendiando carros, causando caos e pânico.
Castro, protegido e aliado do ex-presidente de direita Jair Bolsonaro, disse que a operação foi a maior da história do estado.
As “únicas vítimas”, disse hoje aos jornalistas, foram os quatro polícias que morreram. “Além da perda de vidas dos policiais, o resto da operação foi um sucesso.”
A segunda maior cidade do Brasil acordou hoje para contar seus mortos. Horas depois de as autoridades estaduais estabelecerem o número de mortos em 64, moradores de favelas colocaram mais de 70 corpos em fileiras no chão, informou a mídia brasileira.
Familiares levantaram lençóis, reconheceram entes queridos e gritaram.
A Defensoria Pública do Estado do Rio, uma agência independente, disse ter confirmado 132 mortes e ainda está contando. O escritório tinha uma equipe no native.
As autoridades estaduais relataram a morte de 115 suspeitos de crimes e quatro policiais. Eles não divulgaram identidades.
O ministro da Justiça Federal, Ricardo Lewandowski, disse que os mortos incluíam “civis inocentes”.
A polícia disse que também prendeu 113 pessoas, 10 delas menores, e apreendeu 118 armas.
Moradores de favelas descreveram ter dificuldade em sair de casa durante mais de 12 horas de tiroteio, informou a mídia brasileira.
Castro disse que a polícia estava “desferindo um duro golpe contra o crime”.
“A polícia não sairá das ruas até que a situação esteja totalmente sob controle”, disse ele em um vídeo postado nas redes sociais. “Não vamos recuar.”
Castro disse que a violência no Rio não period mais uma questão de “crime comum”, mas de “narcoterrorismo”.
As batidas policiais contra grupos criminosos inseridos nas favelas são comuns no Rio, especialmente sob administrações conservadoras e antes de eventos internacionais. A cidade sediará eventos pré-Cop30 na próxima semana, antes que o Brasil lance a cúpula do clima.
O que distinguiu a operação de ontem foi a escala da matança.
O número relatado pela polícia estadual foi mais de quatro vezes o número de 28 pessoas mortas na ação policial anterior mais mortal do estado, o bloodbath do Jacarezinho em 2021, durante o primeiro mandato de Castro.
Victor dos Santos, secretário de segurança pública do Rio, disse ao Washington Submit este ano que a polícia deve combater a expansão territorial das gangues porque “território significa receita para os criminosos”.
“Eles exploram todos os serviços além das drogas – água, eletricidade, gás, web”, disse ele.
“A máfia costumava fazer isso; a máfia também period territorial.”
A operação ocorreu após mais de um ano de investigação, disse a polícia.
A violência e como preveni-la é um dos debates políticos mais sensíveis para os brasileiros, superando a economia e a saúde como uma das principais preocupações nas pesquisas recentes.
Castro instou o presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, a fornecer maior apoio no combate ao crime.
Lewandowski disse não ter recebido nenhum pedido formal de cooperação do governo do estado do Rio antes da operação. Ele o descreveu como “extremamente violento”.
“É profundamente lamentável que os agentes de segurança – e, pior ainda, civis inocentes – percam a vida”, disse ele aos jornalistas. “O combate ao crime organizado requer planejamento.”
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