A Arábia Saudita deverá implementar uma nova lei que regulamenta a propriedade de propriedades por não-sauditas, a partir de janeiro de 2026, de acordo com um documento oficial analisado por Okaz. O sistema atualizado descreve regras gerais para a propriedade estrangeira, incluindo requisitos de registo, categorias de proprietários elegíveis e taxas e penalidades associadas. Os documentos específicos exigidos e os locais exatos onde os não-sauditas podem adquirir propriedades ainda não foram divulgados e serão publicados pela Autoridade Geral Imobiliária (REGA) oportunamente.
Requisitos e categorias de propriedade
De acordo com o relatório, os não-sauditas serão autorizados a possuir apenas propriedades registadas, e todos os dados e informações relevantes devem ser divulgados como parte do processo de propriedade. Esta medida destina-se a garantir a transparência, a conformidade regulamentar e o alinhamento com os objectivos económicos e sociais mais amplos da Arábia Saudita.Categorias de propriedade elegíveis, conforme descrito no documento:
- Indivíduos não sauditas
- Empresas não sauditas
- Empresas sauditas nas quais um estrangeiro detém ações
- Entidades sem fins lucrativos
- Missões diplomáticas
A propriedade em Meca e Medina tem restrições adicionais:
- Apenas os muçulmanos e as empresas sauditas estão autorizados a possuir ou deter direitos de usufruto em zonas específicas, conforme definido no próximo documento sobre zonas geográficas.
Taxas, impostos e multas
A lei introduz obrigações e penalidades financeiras para common a propriedade não saudita:
- Taxas e impostos: A propriedade por não sauditas incorrerá em 10% em taxas e impostos combinados, incluindo o imposto sobre transações imobiliárias e taxas administrativas.
- Penalidades por violações: As multas podem chegar a SR 10 milhões.
- Informação enganosa: Os imóveis adquiridos com dados falsos ou enganosos serão vendidos em leilão público.
Zonas geográficas e supervisão
Espera-se que a REGA publique em breve um documento detalhando as zonas geográficas nas quais os não-sauditas podem possuir propriedades. Isso cobrirá:
- Riade, Jidá, Meca, Medina
- Todas as outras cidades e províncias da Arábia Saudita
- Porcentagens de propriedade permitidas, tipos de direitos, períodos de carência e procedimentos regulatórios
A supervisão e implementação envolverão 13 agências governamentais, incluindo um comité consultivo para monitorizar o progresso da lei, fornecer relatórios de desempenho e recomendar ajustes conforme necessário. O sistema integra-se ao Sistema de Residência Premium, às regras de propriedade do GCC e a outros regulamentos preferenciais para investimento.
Impacto económico e objetivos
A atualização do sistema de propriedade imobiliária não saudita visa:
- Estimular o investimento no setor imobiliário, que apoia mais de 120 atividades económicas
- Aumentar a disponibilidade de habitação e proporcionar oportunidades de emprego
- Promover investimentos justos, seguros e equilibrados, em linha com a Visão 2030
- Manter o acesso dos cidadãos à propriedade e garantir a estabilidade do mercado
- Alinhamento com as melhores práticas internacionais, incluindo benchmarking com países do G20 e outros sistemas regulatórios avançados
A lei e os seus futuros regulamentos executivos destinam-se a garantir que a propriedade estrangeira contribui para o crescimento urbano sustentável, a diversificação económica e a qualidade de vida geral nas cidades sauditas.










