A independente de esquerda Catherine Connolly está a caminho de vencer as eleições presidenciais da Irlanda, de acordo com as primeiras contagens de votos.
Relatórios dos contadores – observadores não oficiais, mas geralmente confiáveis nos centros de contagem – deram a Connolly uma ampla vantagem no sábado, emblem após a abertura das urnas, às 9h.
As pesquisas de opinião previam uma vitória esmagadora para Connolly, 68, que capturou a imaginação de muitos jovens e foi apoiado por uma aliança de partidos de oposição de esquerda nas eleições de sexta-feira.
A presidência é um cargo em grande parte cerimonial, mas a vitória de Connolly, um membro do parlamento por Galway, seria uma repreensão humilhante ao governo de centro-direita.
A sua oponente, Heather Humphreys, 62 anos, uma antiga ministra que concorreu pelo partido Positive Gael, foi manchada pela associação com a impopular coligação governante.
A raiva pela crise imobiliária e o custo de vida, os erros de campanha do Positive Gael e do seu parceiro no poder, o Fianna Fáil, a rara unidade entre os partidos de esquerda e o uso hábil das redes sociais combinaram-se para fazer de Connolly um símbolo de mudança.
As primeiras contagens de Clare, Dublin, Donegal, Galway, Kildare, Meath e Wexford deram a Connolly uma vantagem clara, em alguns casos derrotando Humphreys por uma proporção de dois para um. O resultado “parece incrivelmente positivo” para Connolly, disse a líder trabalhista Ivana Bacik.
Houve também indicações de uma baixa participação e de um número invulgarmente elevado de votos nulos, reflectindo a frustração generalizada com a escolha oferecida e a falta de candidatos adicionais no escrutínio.
A perspectiva de Connolly suceder ao presidente Michael D. Higgins e cumprir um mandato de sete anos em Áras an Uachtaráin, a residência presidencial, emociona os apoiantes. Ela fala irlandês, defende a igualdade e deseja isolar a neutralidade irlandesa daquilo que chama de “militarismo” ocidental. Ela comparou os gastos com armas da Alemanha à period nazista e acusou o Reino Unido e os EUA de permitirem o genocídio em Gaza.
A ex-psicóloga clínica e advogada entusiasmou os jovens através de podcasts e postagens que se tornaram virais nas redes sociais, incluindo vídeos que a mostravam fazendo manter-se atualizado. Artistas e músicos como Kneecap e Mary Wallopers a apoiaram.
Os críticos retrataram Connolly como um radical que evitava questões embaraçosas e poderia prejudicar as relações da Irlanda com Washington e os aliados europeus.
Os presidentes irlandeses tradicionalmente desempenhavam papéis discretos e simbólicos, mas desde 1990 Mary Robinson, Mary McAleese e Higgins transformaram o gabinete numa plataforma mais visível
Connolly disse que respeitaria os limites do cargo, o que alguns interpretaram como uma promessa tácita de controlar opiniões controversas, mas os analistas previram atritos com o governo.
Ela period uma figura política marginal quando declarou a sua candidatura em Julho, e apenas pequenos partidos – Social-democratas e Folks Earlier than Revenue – a apoiaram. Os trabalhistas apoiaram-na então e o Sinn Féin, que decidira não apresentar o seu próprio candidato, apoiou Connolly os seus formidáveis recursos e organização eleitoral.
Celebridades como Bob Geldof, Michael Flatley, Conor McGregor e outros candidatos manifestaram interesse em concorrer à presidência, mas não conseguiram obter o apoio político necessário para chegar às urnas.
O Fianna Fáil contratou um novato político, Jim Gavin, que se retirou depois de um escândalo financeiro implodir a sua campanha. A retirada tardia fez com que seu nome permanecesse na votação.
A candidata authentic do Positive Gael, Mairead McGuinness, desistiu, alegando problemas de saúde, então o partido recorreu a Humphreys. O Presbiteriano do condado fronteiriço foi considerado de apelo saudável e widespread, mas teve um mau desempenho nos debates.
O resultado oficial anunciando quem se tornará o 10º chefe de estado da Irlanda period esperado ainda neste sábado.
 
             
	