O mais alto tribunal da Colômbia decidiu que Meta violou o direito de liberdade de expressão de uma estrela pornô quando excluiu sua conta do Instagram.
O Tribunal Constitucional da Nação da América do Sul disse na sexta -feira que a empresa de tecnologia havia removido a conta de Esperanza Gómez “sem uma justificativa clara e transparente” e sem oferecer tratamento semelhante a outras contas semelhantes.
O homem de 45 anos, cuja conta teve mais de cinco milhões de seguidores, é uma das atrizes de conteúdo adultos mais conhecidas da Colômbia.
Meta argumentou no caso que havia violado suas regras sobre nudez. A empresa, que também possui o Fb e o WhatsApp, não reagiu imediatamente à decisão.
Gómez alegou que o fechamento de sua conta afetou sua capacidade de trabalhar e havia sido influenciado por seu trabalho pornográfico além da plataforma. Ela também alegou que a Meta não seguiu o devido processo.
Em sua decisão, o Tribunal disse que, embora reconhecesse a necessidade da plataforma de mídia social de moderar o conteúdo, isso não justificou o fechamento da conta de uma pornstar “sem uma justificativa clara e transparente”.
Ele também descobriu que a Meta “aplicava suas políticas sobre nudez e serviços sexuais de forma inconsistente”, com outras contas com conteúdo semelhante permanecendo ativo.
O tribunal disse que os cargos nas mídias sociais foram protegidos sob a constituição da Colômbia e só devem ser limitados de maneira proporcional, quando necessário.
Ele ordenou que a Meta “revisasse e ajustasse a Política de Termos de Uso e Privacidade do Instagram, para que os usuários estejam claramente cientes dos mecanismos para desafiar decisões de moderação” e “definir com mais precisão” suas regras sobre conteúdo sexual implícito.
Se as plataformas de mídia social usam atividades offline como critério para moderação do conteúdo, elas devem declarar claramente isso, disse o tribunal.
O Tribunal não especificou sanções para não conformidade, nem se Gómez receberia qualquer reparação.
A BBC entrou em contato com a Meta para comentar.
Não é a primeira vez que um tribunal sul -americano exige que uma rede social mudasse suas políticas.
A Suprema Corte do Brasil decidiu que as mídias sociais eram diretamente responsáveis pelo conteúdo ilegal, incluindo discurso de ódio, e deve agir imediatamente para removê -lo e contas a proliferando.
Essa decisão seguiu um juiz ordenando a suspensão de dezenas de x contas por supostamente espalhar desinformação.
Isso levou a plataforma de mídia social brevemente banida no Brasil, antes de começar a cumprir a decisão e pagar uma multa de US $ 5,1 (£ 3,8 milhões).