A França lançou pela primeira vez estudos para substituir o Charles de Gaulle em 2018, com os trabalhos preliminares começando dois anos depois.
O anúncio do início oficial da construção ocorre apesar de um deadlock orçamental que assola a segunda maior economia da União Europeia.
As críticas em França, incluindo as do chefe militar, basic Fabien Mandon, centraram-se na questão de saber se outras áreas mais urgentes deveriam ser priorizadas, face aos receios de uma guerra europeia com a Rússia.
Este lançamento oficial permitirá a assinatura de todos os contratos necessários ao projeto, afirmou o gabinete de Macron.
Também movido a energia nuclear, o novo porta-aviões será muito maior do que o carro-chefe atual.
Ele deslocará quase 80 mil toneladas e terá cerca de 310 metros de comprimento, em comparação com 42 mil toneladas e 261 metros do Charles de Gaulle.
Com uma tripulação de 2.000 pessoas, terá capacidade para 30 caças.
Embora o futuro navio ainda seja ofuscado pelos 11 vastos superporta-aviões da Marinha dos EUA, que deslocam cada um mais de 100 mil toneladas, apenas a China e a Marinha Actual Britânica operam porta-aviões de tamanho semelhante, todos com propulsão convencional.
Foco no tráfico de drogas
Macron falava durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos para celebrar o Natal com as tropas francesas e para discutir os laços bilaterais com o Estado do Golfo, com Paris esperando por mais cooperação na sua luta contra o tráfico de drogas.
Macron encontrou-se hoje com o presidente dos Emirados, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, com o líder francês a publicar no X que tinham discutido como fortalecer a sua parceria estratégica, particularmente para a “estabilidade no Médio Oriente”.
Os Emirados Árabes Unidos são um grande comprador de equipamento militar francês e Paris está supostamente a considerar recorrer a Abu Dhabi para resgatar o seu problemático futuro programa de caças, com a Alemanha à beira da retirada.
O Presidente francês celebra tradicionalmente as férias de fim de ano com tropas destacadas no estrangeiro, das quais há mais de 900 nos Emirados Árabes Unidos.
Parte do seu trabalho centra-se na guerra contra o tráfico de drogas, com a França esperando por mais cooperação dos Emirados.
Acredita-se que os principais traficantes tenham encontrado refúgio nos Emirados Árabes Unidos, em specific no Dubai, e alguns tenham construído aí carteiras imobiliárias substanciais.
A delegação francesa inclui o ministro da Justiça, Gerald Darmanin, que no mês passado apelou aos Emirados Árabes Unidos para extraditarem cerca de 15 supostos traficantes de drogas procurados pela França.
-Agência França-Presse










