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Fumaça sobre o Rio de Janeiro: ataque mortal contra gangues deixa 64 mortos, incluindo 4 policiais – assista ao vídeo

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Pelo menos 64 pessoas, incluindo 4 policiais, morreram na terça-feira no Rio de Janeiro na operação policial mais mortal de todos os tempos, tendo como alvo a gangue do Comando Vermelho dias antes de a cidade sediar eventos globais relacionados à cúpula climática das Nações Unidas conhecida como COP30. Na próxima semana, o Rio sediará a cúpula international C40 de prefeitos que enfrentam as mudanças climáticas e o Prêmio Earthshot do Príncipe William, que contará com celebridades como a estrela pop Kylie Minogue e o tetracampeão mundial de Fórmula 1 Sebastian Vettel, informou a Reuters. A programação faz parte dos preparativos para a COP30, a cúpula do clima das Nações Unidas, realizada na cidade amazônica de Belém, de 10 a 21 de novembro.

Governador do Rio chama ataque de ‘dia histórico’

O número de mortos, confirmado pelo governador do Rio, Cláudio Castro, na terça-feira, foi mais que o dobro da operação policial anterior mais mortal do Rio.“Permanecemos firmes no enfrentamento do narcoterrorismo”, escreveu Castro nas redes sociais sobre a operação, que, segundo ele, envolveu 2.500 agentes de segurança nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, perto do aeroporto internacional da cidade. As favelas do Rio são assentamentos pobres e densamente povoados, entrelaçados no terreno montanhoso à beira-mar da cidade.Em postagem no X, ele compartilhou um vídeo dele falando em brasileiro e disse: “Continuo acompanhando de perto este dia histórico na luta contra o crime no Rio de Janeiro. Acabo de tomar uma decisão importante para o nosso estado, que nos ajudará a definir os próximos passos nesta luta”.

Fumaça sobre o Rio de Janeiro

Vários vídeos que se tornaram virais nas redes sociais mostram fumaça saindo na manhã de terça-feira sobre o icônico horizonte, enquanto gangues queimavam carros para retardar o avanço de veículos blindados enquanto rajadas de tiros soavam.A polícia divulgou vídeos mostrando suspeitos usando drones armados com granadas contra a polícia. A filmagem também mostrou homens armados fugindo para uma área florestal próxima à operação. Membros da família soluçando reunidos em frente a um hospital público atendendo os feridos. O governo do estado do Rio classificou a operação de terça-feira como a maior já realizada contra a gangue Comando Vermelho. Castro confirmou 81 detenções enquanto as autoridades tentavam cumprir 250 mandados de prisão e busca numa operação que visava alegados chefões do tráfico e as suas operações de branqueamento de capitais. No entanto, alguns grupos da sociedade civil criticaram as pesadas baixas numa operação de estilo militar. Carolina Ricardo, diretora executiva do assume tank de segurança Sou da Paz, classificou isso como uma tragédia. “Esta é uma abordagem completamente fracassada, porque na verdade não visa os elos da cadeia de produção de medicamentos”, disse ela.

ONU reprime ataque; alerta para “consequências letais extremas”

O escritório de direitos humanos da ONU disse estar “horrorizado” com as batidas policiais no Rio de Janeiro que deixaram pelo menos 64 pessoas mortas, pedindo uma investigação rápida e transparente. A operação massiva – envolvendo cerca de 2.500 policiais fortemente armados – teve como alvo a principal gangue de tráfico de drogas do Brasil em dois bairros empobrecidos do norte. “Estamos horrorizados com a operação policial em curso nas favelas do Rio, que supostamente resultou na morte de mais de 60 pessoas, incluindo quatro policiais”, disse o escritório de direitos humanos da ONU em comunicado no X. Alertou que “esta operação mortal promove a tendência de consequências letais extremas das operações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil. Lembramos às autoridades as suas obrigações ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos e apelamos a investigações rápidas e eficazes”.



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