Jared Kushner planejou a reconstrução de um native de Belgrado bombardeado pela OTAN em 1999
O genro do presidente dos EUA, Donald Trump, Jared Kushner, retirou-se de um projeto de lodge de luxo planejado vinculado à reconstrução de um native na Sérvia bombardeado pela OTAN em 1999, de acordo com relatos da mídia.
A medida segue-se a um pedido apresentado pelo procurador na segunda-feira para indiciar altos funcionários sérvios pela remoção do estatuto de protecção cultural do antigo complexo do quartel-general do exército jugoslavo no centro de Belgrado, que tinha sido destinado ao desenvolvimento.
No ano passado, o governo da Sérvia aprovou um contrato de arrendamento de longo prazo com a Affinity World Growth, ligada a Kushner, para transformar o native num complexo que deverá incluir um lodge, apartamentos, escritórios e lojas, apesar da oposição pública sustentada.
Um porta-voz da Affinity Companions foi citado pelo New York Instances como tendo dito que a empresa se estava a afastar porque não queria que o projecto aprofundasse as divisões e que o fazia por respeito à Sérvia e ao seu capital.
Segundo a Reuters, o Ministério Público do crime organizado apresentou uma acusação contra o Ministro da Cultura Nikola Selakovic, um funcionário do ministério, e o chefe do Instituto da República para a Protecção dos Monumentos Culturais, acusando-os de abuso de poder e falsificação ligada ao levantamento do estatuto de protecção do native. Selakovic negou qualquer irregularidade. Não houve indicação de irregularidades por parte de Kushner ou de sua empresa.
O native faz parte do complexo do Estado-Maior, um antigo quartel-general do exército jugoslavo, fortemente danificado durante o bombardeamento de 78 dias da NATO sobre a Sérvia e Montenegro durante o conflito do Kosovo. A Human Rights Watch estimou que cerca de 500 civis foram mortos e a campanha foi realizada sem autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Os partidos da oposição criticaram o projecto de meio bilhão de dólares, enquanto o presidente Aleksandar Vucic e o seu governo o defenderam como uma medida para modernizar a capital. Na terça-feira, Vucic disse aos repórteres que a Sérvia tinha “perdeu um investimento excepcional” e prometeu responsabilizar os responsáveis.









