O ministério disse que os grupos tiveram 10 meses para fornecer as informações solicitadas, mas “mesmo assim não cumpriram os requisitos”.
O ministério disse à AFP este mês que até 25 de novembro foram apresentados cerca de 100 pedidos de registo e “apenas 14 pedidos de organização foram rejeitados”.
“O restante foi aprovado ou está atualmente em revisão”, acrescentou.
Na sua declaração de hoje, o ministério alegou, após uma investigação, que a instituição de caridade médica internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) empregou dois indivíduos com ligações ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina, respectivamente.
“Apesar dos repetidos pedidos, a organização não forneceu divulgação completa sobre as identidades e funções desses indivíduos”, acrescentou o comunicado.
Quando contactado, MSF disse que “nunca empregaria intencionalmente pessoas envolvidas em atividades militares”, pois elas “representariam um perigo para o nosso pessoal e os nossos pacientes”.
A instituição de caridade acrescentou que “continua a envolver-se e a discutir com as autoridades israelitas” e que “ainda não recebeu uma decisão sobre o novo registo”.
O ministério disse que as suas últimas medidas não afetariam a entrega de ajuda a Gaza.
“Apenas um número limitado de organizações – menos de 15% – violaram o quadro regulamentar”, afirmou.
Várias ONG afirmaram à AFP que as novas regras terão um grande impacto na distribuição de ajuda em Gaza.
As organizações humanitárias afirmam que a quantidade de ajuda que entra em Gaza continua inadequada.
Embora o acordo de cessar-fogo de 10 de Outubro estipulasse a entrada de 600 camiões por dia, apenas 100 a 300 transportam ajuda humanitária, segundo ONG e as Nações Unidas.
O COGAT, órgão do Ministério da Defesa israelense responsável pelos assuntos civis palestinos, disse na semana passada que em média 4.200 caminhões de ajuda entram em Gaza semanalmente, o que corresponde a cerca de 600 diariamente.
-Agência França-Presse









