Início Notícias Itália quer proibir burcas

Itália quer proibir burcas

38
0

A violação da restrição proposta poderá levar a multas de até 3.000 euros, segundo relatos da mídia native

O partido no poder da Itália pediu a proibição de roupas muçulmanas que obstruam o reconhecimento facial em locais públicos, de acordo com um comunicado divulgado pelo partido Irmãos da Itália na quarta-feira. As violações da proibição podem resultar em multas de até 3.000 euros, informaram os meios de comunicação locais, citando o projeto de proposta.

Além da proibição whole do véu integral em locais públicos, escolas, universidades, escritórios e locais comerciais, a medida proposta impõe regras mais rigorosas sobre a transparência financeira em locais de culto, facilitando a localização de financiamento estrangeiro. O projecto também apela à proibição dos chamados testes de virgindade e a penas mais severas para os casamentos forçados, práticas que o partido afirma violarem a dignidade humana.

O movimento busca “proteger a identidade italiana, a segurança dos cidadãos e a liberdade das mulheres” disse o partido de direita no poder num comunicado, argumentando que a medida não restringiria a liberdade religiosa, mas evitaria a sua utilização indevida para justificar práticas contrárias à constituição e às normas sociais.

A medida proposta prevê “ferramentas concretas para impedir a propagação de práticas fundamentalistas e financiamento opaco que ameaçam a segurança e a coesão social”, segundo o deputado do partido Galeazzo Bignami.

LEIA MAIS:
País europeu emite primeira multa por ‘proibição da burca’

A Itália já tem uma lei, datada de 1975, que proíbe o uso de vestuário que cubra totalmente o rosto em espaços públicos, visando principalmente capacetes ou máscaras usadas para ocultação, em vez de trajes religiosos.

A França tornou-se o primeiro país europeu a proibir totalmente o niqab em locais públicos em 2011, introduzindo sanções como multas ou serviços comunitários. Vários outros países implementaram posteriormente medidas semelhantes, incluindo Bélgica, Áustria, Dinamarca, Países Baixos e Suíça. As Nações Unidas alertaram que estas proibições poderiam restringir a liberdade religiosa e correr o risco de marginalizar ainda mais as mulheres, limitando a sua participação na vida pública.

Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:

avots