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Mais do que remédio: como um medicamento para perder peso ajudou o enviado dos EUA a libertar prisioneiros na Bielorrússia

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A diplomacia raramente depende de conversa fiada, mas num canal secundário invulgar entre Washington e Minsk, uma conversa informal sobre perda de peso tornou-se parte de uma negociação que ajudou a garantir a libertação de presos políticos na Bielorrússia. O episódio centra-se em John P. Coale, um importante enviado dos EUA com laços estreitos com o presidente Donald Trump, e no líder de longa information da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, uma figura amplamente criticada pelo seu regime autoritário.Segundo reportagem do The Wall Road Journal, o momento aconteceu durante um jantar onde as formalidades deram lugar a uma conversa pessoal. Lukashenko comentou a aparência mais magra de Coale e perguntou se ele havia perdido peso. Coale disse que sim, dando crédito a um medicamento prescrito para perda de peso, Zepbound, e até compartilhou um folheto de seu fabricante, Eli Lilly. O que poderia ter sido considerado um comentário descartável ajudou a afrouxar uma discussão que de outra forma seria dominada por sanções, listas de prisioneiros e exigências políticas.Na altura, a Bielorrússia procurava alívio da pressão económica dos EUA. Lukashenko queria a flexibilização das sanções às principais indústrias e assistência com reparos em sua aeronave presidencial, que havia sido adiada por restrições de peças e manutenção. Em troca, ele sinalizou a vontade de libertar os detidos, uma alavanca que o seu governo tem utilizado há muito tempo durante os períodos de degelo diplomático. Mais tarde, Coale descreveu a abordagem como claramente Trumpiana: menos preocupada com a óptica e mais focada nos resultados.Os resultados foram tangíveis. O governo de Lukashenko libertou 123 prisioneiros em uma parcela, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Ales Bialiatski e a figura da oposição Maria Kalesnikava. Desde o regresso de Trump ao cargo, a Bielorrússia libertou mais de 250 detidos de mais de dez países, entre eles pelo menos cinco cidadãos americanos. Para as famílias que passaram anos a fazer campanha pela libertação dos seus familiares, o método importava menos do que o facto de as portas da prisão se terem aberto.Paralelamente, Washington aliviou certas restrições. As sanções foram levantadas sobre o potássio, um importante produto de exportação da Bielorrússia, central para os mercados globais de fertilizantes. Os EUA aprovaram atualizações de software program e peças de reposição da Boeing para a companhia aérea estatal Belavia e sinalizaram apoio para reparos há muito adiados no jato de Lukashenko. As autoridades norte-americanas também discutiram a possibilidade de arranjar acesso ao Zepbound para o líder bielorrusso, um detalhe que sublinhou o quão pessoal o canal se tinha twister.A história perdurou não porque uma droga comprou a libertação de alguém, mas porque ilustra uma verdade mais ampla sobre como a influência pode funcionar. O relacionamento, a personalidade e o inesperado podem ser tão importantes quanto os documentos políticos. Neste caso, uma conversa sobre perda de peso ajudou a suavizar o terreno para um acordo que devolvesse os prisioneiros às suas famílias. É um lembrete de que a política internacional muitas vezes gira em torno de momentos humanos e que, por vezes, o caminho para a liberdade começa nos lugares mais improváveis, durante o jantar, com uma pergunta simples e uma resposta honesta.

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