O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Yusuf Tuggar, pediu desculpas formalmente ao Burkina Faso pela entrada não autorizada de um jacto militar nigeriano no espaço aéreo do Burkina Faso, um incidente que levou à detenção de 11 militares nigerianos.
O porta-voz de Tuggar disse à BBC que o pessoal detido foi libertado e deveria regressar à Nigéria, sem dizer quando.
O avião voava para Portugal quando apresentou um problema técnico e teve de aterrar no Burkina Faso, segundo a Força Aérea Nigeriana.
O desembarque não autorizado desencadeou uma disputa diplomática com a Aliança dos Estados do Sahel (AES), composta pelo Burkina Faso e pelos seus vizinhos, o Mali e o Níger.
Num comunicado, a AES caracterizou-o como um “ato hostil” e disse que as respectivas forças aéreas dos estados membros foram colocadas em alerta máximo e autorizadas a “neutralizar qualquer aeronave” que violasse o espaço aéreo da confederação.
Os três estados da AES, todos governados por militares, retiraram-se do bloco regional da África Ocidental, a CEDEAO, e aproximaram-se da Rússia, enquanto a maioria dos membros da CEDEAO permanecem aliados do Ocidente.
Tuggar liderou uma delegação à capital de Burkina Faso, Ouagadougou, na quarta-feira, para discutir o incidente com o líder militar Capitão Ibrahim Traoré.
“Houve irregularidades relativas às autorizações de sobrevoo, o que foi lamentável, e pedimos desculpas por este infeliz incidente”, disse Tuggar em rede nacional.
Ainda não está claro quando o pessoal militar, considerado “alto astral”, e a aeronave retornarão à Nigéria.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, ambos os lados concordaram em “manter consultas regulares e prosseguir medidas práticas para aprofundar a cooperação bilateral e a integração regional”.












