Um funcionário do Hamas disse que o grupo trocará 20 reféns vivos por 2.000 prisioneiros palestinos, 250 deles cumprindo penas de prisão perpétua e 1.700 outros detidos desde o início da guerra.
A troca deverá ocorrer dentro de 72 horas após a implementação do acordo, que também foi “acordado com as facções palestinas”, disse à AFP uma fonte palestina com conhecimento das negociações.
O acordo também prevê “específicos [troop] retiradas para coincidir com a troca e a entrada de ajuda” na Faixa de Gaza atingida pela fome, acrescentou a fonte.
Segundo o acordo, um mínimo diário de 400 caminhões de ajuda entrarão na Faixa de Gaza durante os primeiros cinco dias do cessar-fogo, a ser aumentado nos dias seguintes, segundo o funcionário do Hamas.
Também prevê o “retorno de pessoas deslocadas do sul da Faixa de Gaza para Gaza [City] e o norte imediatamente”, acrescentaram.
O Hamas apelou a Trump para obrigar Israel a implementar integralmente o acordo e “não permitir que se esquive ou procrastine na implementação do que foi acordado”.
O que vem a seguir?
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, disse que ambos os lados concordaram “com todas as disposições e mecanismos de implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que reunirá seu governo na quinta-feira para aprovar o acordo.
O acordo será formalmente assinado na quinta-feira por volta do meio-dia (amanhã NZT) no Egito, disse à AFP uma fonte com conhecimento do acordo, sob condição de anonimato.
Um responsável do Hamas disse que as negociações para a segunda fase do cessar-fogo começariam “imediatamente”.
O plano de 20 pontos de Trump para Gaza exigia um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns detidos em Gaza, o desarmamento do Hamas e uma retirada gradual de Israel do território.
-Agência França-Presse