O número de mortos é de 64, incluindo quatro policiais, disse uma fonte dos serviços de segurança. A fonte não disse se as outras vítimas mortais eram todas suspeitas de crimes.
As incursões nas favelas são comuns, mas esta foi a mais mortal até agora. Até agora, o maior número de mortos ocorreu numa operação em 2021 que deixou 28 mortos.
A polícia também apreendeu pelo menos 42 rifles junto com uma grande quantidade de drogas, disse Castro. Pelo menos 81 pessoas foram presas.
A operação se concentrou em dois aglomerados de favelas no norte do Rio, o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão, localizados próximos ao aeroporto internacional.
Um fotógrafo da AFP viu policiais fortemente armados levando embora homens detidos, a maioria deles descalços e sem camisa.
Favelas governadas por gangues
A polícia mobilizou dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição, usados para destruir barricadas erguidas por traficantes de drogas para impedir a entrada da polícia nas ruas estreitas das favelas.
Grandes operações policiais são frequentes no Rio, o principal destino turístico do Brasil, especialmente nas favelas, bairros pobres e densamente povoados, muitas vezes governados por gangues criminosas.
Castro postou um vídeo no X do que ele descreveu como um drone controlado por uma gangue lançando um projétil do céu nublado.
“É assim que a polícia do Rio é tratada pelos criminosos: com bombas lançadas por drones. Essa é a dimensão do desafio que enfrentamos. Não se trata de crime comum, mas de narcoterrorismo”, afirmou.
No ano passado, cerca de 700 pessoas morreram durante operações policiais no Rio, quase duas por dia.
Em 2020, o Supremo Tribunal Federal impôs restrições às operações antidrogas nas favelas, como a limitação do uso de helicópteros e operações em áreas próximas a escolas ou centros de saúde. No entanto, o mesmo tribunal levantou essas restrições este ano.
Especialistas e organizações de direitos humanos criticaram esta estratégia das forças de segurança, considerando-a ineficaz contra organizações criminosas.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio disse que exigiria “explicações sobre as circunstâncias da ação, que mais uma vez transformou as favelas do Rio em um teatro de guerra e barbárie”, disse à AFP a deputada Dani Monteiro, presidente da comissão.
-Agência França-Presse













