NOVOAgora você pode ouvir os artigos da Fox Information!
O prefeito de São Francisco assinou um decreto que cria um “Fundo de Reparações” que poderá um dia conceder a cada um dos residentes negros elegíveis da cidade até US$ 5 milhões em reparações por suposta discriminação histórica e deslocamento.
A portaria, aprovada pelo Conselho de Supervisores no início deste mês, foi assinada pelo prefeito democrata Daniel Lurie dois dias antes do Natal. Estabelece o quadro jurídico do fundo, mas não atribui fundos nem garante pagamentos. O fundo pode ser financiado com doações privadas, fundações e outras fontes não municipais.
Quaisquer pagamentos de reparações financiados pelos contribuintes exigiriam legislação separada, uma fonte de financiamento identificada e aprovação do prefeito. Lurie disse à Fox Information Digital que nenhum dinheiro do contribuinte seria pago ao pote potencial, dado o déficit orçamentário de US$ 1 bilhão da cidade.
“Fui eleito para impulsionar a recuperação de São Francisco e é nisso que estou focado todos os dias”, disse Lurie em comunicado à Fox Information Digital. “Não vamos atribuir dinheiro a este fundo – com um défice orçamental histórico de mil milhões de dólares, vamos gastar o nosso dinheiro para tornar a cidade mais segura e limpa”.
SUBÚRBIO DE BOSTON TRIPLICA PAGAMENTOS EM DINHEIRO NO PROGRAMA AMPLIADO DE RENDA GARANTIDA
O prefeito Daniel Lurie fala na escadaria da Prefeitura de São Francisco, Califórnia, no início deste ano. A portaria foi assinada por Lurie dois dias antes do Natal, sem qualquer anúncio público do prefeito. (Foto de Tayfun Coskun/Anadolu by way of Getty Photographs)
“O Plano de Reparações descreve uma variedade de métodos para fornecer restituição, compensação e reabilitação a indivíduos que são negros e/ou descendentes de uma pessoa escravizada e que sofreram um dano comprovado em São Francisco”, diz o decreto, em parte.
O decreto cita especificamente um relatório político de 2023 e um documento de recomendação produzido pelo Comitê Consultivo de Reparações Afro-Americanas de São Francisco (AARAC), um comitê consultivo nomeado pela cidade.
O relatório, que não é vinculativo, estudou os danos causados aos residentes negros e propôs soluções, incluindo uma recomendação de um pagamento de 5 milhões de dólares. Cerca de 46 mil residentes negros vivem em São Francisco, de acordo com dados do Censo dos EUA.
O PREFEITO DE TULSA TEM UM PLANO DE US$ 105 milhões PARA AJUDAR OS DESCENDENTES DO MASSACRE DE RAÇA DE 1921, MAS NÃO CHAME ISSO DE REPARAÇÕES

Prefeitura de São Francisco, na Califórnia. (Istock)
Argumentou que os negros de São Francisco são vítimas de décadas de “deslocamento residencial” e “discriminação racial” provocados pela cidade, particularmente durante a period da renovação urbana – o período de meados da década de 1940 até a década de 1970.
“A cidade e o condado de São Francisco e as suas agências devem emitir um pedido formal de desculpas pelos danos passados e comprometer-se a fazer investimentos substanciais, sistémicos e programáticos nas comunidades negras para lidar com os danos históricos”, afirma o relatório no seu resumo executivo.
Propôs que a cidade “[p]fornecer um pagamento único e único de US$ 5 milhões a cada pessoa elegível.”

Casas históricas em estilo vitoriano, algumas das quais já pertenceram a residentes negros, ficam em frente ao horizonte de São Francisco, com a rotunda da Prefeitura visível. (PHILIP PACHECO/AFP by way of Getty Photographs)
O relatório também recomendou um rendimento anual garantido vinculado ao rendimento médio da área e a criação de novas agências municipais, incluindo um Gabinete de Reparações, para administrar os programas. Também apelou a grandes intervenções habitacionais, tais como assistência ao arrendamento, apoio à aquisição de casa própria e fundos apoiados pela cidade para a compra de propriedades ao longo dos corredores empresariais negros, bem como investimentos multimilionários em empresas pertencentes a negros.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O APLICATIVO FOX NEWS
O Legislativo da Califórnia tentou aprovar projetos de lei de reparação específicos, mas até agora não conseguiu fazê-lo. Várias propostas foram paralisadas ou rejeitadas após a Força-Tarefa de Reparações do estado, que foi criada em 2020 para estudar e recomendar propostas de reparações.









