As obturações dentárias não são uma forma agradável de corrigir cáries, mas são necessárias para preencher buracos e evitar maiores danos. Mas agora uma equipe de pesquisa do Universidade de Nottingham no Reino Unido é trabalhando em um gel que poderia ajudar a prevenir a cárie dentária e regenerar o esmalte dentário danificado.
De acordo com pesquisa publicada na revista Comunicações da Natureza no início deste mês, o gel contém uma versão modificada da amelogenina, uma proteína que ajuda a orientar o crescimento do esmalte em bebês. O gel preenche buracos e rachaduras nos dentes quando aplicado.
“O gel foi capaz de fazer crescer cristais epitaxialmente, o que significa que está na mesma orientação cristalográfica do esmalte existente”, disse Alvaro Mata, professor de Engenharia Biomédica e Biomateriais da Universidade de Nottingham, à New Scientist.
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O esmalte é a camada dura do dente que protege as camadas internas mais macias dos danos causados pelo desgaste geral, ácidos e bactérias. A cárie dentária ocorre quando a camada de esmalte se rompe. O esmalte não se regenera naturalmente e, embora o tratamento com flúor e a remineralização pasta de dente que usa nano-hidroxiapatita podem oferecer uma solução temporária, mas não são uma solução permanente, ao contrário de uma obturação dentária.
A degradação do esmalte é o principal contribuinte para a cárie dentária e está associada a problemas dentários que afetam até 50% da população mundial.
O novo gel cria uma camada fina mas durável que adere aos dentes durante várias semanas, utilizando cálcio e fosfato para estimular o crescimento de novos cristais no esmalte. Esse processo foi eficaz mesmo quando o esmalte estava muito desgastado e a dentina abaixo estava exposta, segundo a pesquisa.
“O esmalte dentário possui uma estrutura única, que confere ao esmalte propriedades notáveis que protegem nossos dentes ao longo da vida contra agressões físicas, químicas e térmicas”, disse o Dr.pós-doutorado e principal autor do estudo. “Quando nosso materials é aplicado sobre esmalte desmineralizado ou erodido, ou sobre dentina exposta, o materials promove o crescimento de cristais de forma integrada e organizada, recuperando a arquitetura do nosso esmalte pure e saudável.”
Mata diz que está “muito animado porque a tecnologia foi projetada pensando no médico e no paciente. É segura, pode ser aplicada de maneira fácil e rápida e é escalonável”. Ele iniciou uma startup chamada Mintech-Bio e espera lançar o primeiro produto no próximo ano, segundo a New Scientist, após o ensaio clínico.
Entramos em contato com Mata para comentar, mas não recebemos resposta até o momento da publicação.











